Comunidade Padre Pio auxilia centenas de pessoas todas as semanas em São Manuel
“Resgatar no homem a dignidade de filhos de Deus, com amor e misericórdia”, esse é o lema da Comunidade Padre Pio Filhos da Misericórdia, uma organização da sociedade civil que desde 2008 atua no apoio e recuperação de famílias em vulnerabilidade social em São Manuel e região, auxiliando cerca de 300 famílias semanalmente!
A Comunidade pertence à Igreja Católica, por isso a ligação com o divino é essencial no trabalho realizado. “Queremos com nossa vida levar as pessoas a fazerem um encontro (ou reencontro) com Deus Pai”, relata Anadir Almeida, fundadora e presidente da instituição.
O início
Em 2014 a Comunidade passou a preparar refeições na cozinha da igreja para distribuir para pessoas carentes e em situação de rua. Depois, em 2015, alugaram uma casa na Cohab II, a Casa Comunitária, para oferecer mais assistência aos necessitados. Todos os dias são oferecidos café da manhã, jantar, banho, corte de cabelo e barba. Os visitantes são incentivados a buscar tratamento para a dependência química e podem lavar suas roupas. Ali o grupo também faz 840 litros de sopa todas as semanas para distribuir em bairros carentes.
Casa de Acolhida
Com o tempo, a Comunidade percebeu uma demanda de pessoas em situação de rua e em parceria com a Prefeitura Municipal alugou uma casa em 2017. Quem chega na Casa de Acolhida pode passar a noite e recebe alimentação, roupas limpas, kit para banho e passagens para sua cidade de origem. Quem é de São Manuel pode usufruir dos serviços da casa sem limites de dias.
A iniciativa deu certo e em 2019 foi transferida para um imóvel maior, no centro da cidade. “Quem pernoitava começou a pedir para ficar durante o dia para não usar substâncias psicoativas”, relembra Anadir. A partir disso, foi definido um período de 9 meses de acolhimento, onde os internos são encaminhados para tratamento médico e odontológico na rede pública e têm seus documentos regularizados.
Durante esse período são realizados trabalhos para fortalecer vínculos com as famílias. Há ainda encontros semanais com familiares para ajudá-los no seu fortalecimento emocional e psicológico. Hoje a Comunidade conta com o trabalho voluntário de dois psicólogos, uma médica psiquiatra, uma assistente social, um psicoterapeuta e duas professoras, além de desenvolver atividades de práticas inclusivas, alfabetização e formação espiritual e humana.
Além disso, nos últimos 3 anos foram encaminhadas 54 pessoas para tratamento de dependência de substâncias psicoativas em clínicas especializadas fora da cidade.
Vida nova
Após essas iniciativas, o esperado é que os acolhidos consigam voltar para o convívio social e familiar, mas em alguns casos isso não é possível. Para que não retornem às ruas, foi criada a Casa de Apoio. Nela, os acolhidos vivem sob regras estabelecidas pela Comunidade por até um ano e começam a construir seu próprio espaço, dando os primeiros passos de uma nova vida.
Hoje o maior desafio da Comunidade é reinserir os recuperados no mercado de trabalho, para que sigam suas vidas e continuem limpos. Para isso, a Comunidade busca parcerias com empresários da cidade e pede que os interessados entrem em contato.
Como colaborar?
O custeio do albergue na Casa de Acolhida é feito em parte pela Prefeitura. Porém, toda a alimentação e manutenção do trabalho para o tratamento de dependência química, além dos custos da Casa de Apoio e da Casa Comunitária, são responsabilidade da Comunidade, que depende de doações financeiras e materiais, como roupas e sapatos. “Para ajudar nas despesas os acolhidos confeccionam terços para venda, realizamos campanhas e estamos iniciando o trabalho de personalização em canecas e vestuários”, esclarece Anadir.
Para doar ou se tornar voluntário é só entrar em contato por telefone ou ir até a Casa de Acolhida. As doações também podem ser feitas através de transferência em conta bancária ou Pix (veja ao lado). Outra forma de colaborar é participar do projeto Uma revista, muitas histórias — 18 anos de Carisma, que terá parte da renda revertida para a Comunidade.
Na busca por um mundo melhor, Anadir explica o que faz a Comunidade Padre Pio prosseguir e auxiliar cada vez mais pessoas: “O que nos mantém firmes é o desejo de contribuir para que todos aqueles que nos procuram tenham uma vida digna como merecem.”
Av. Irmãs Cintra, 453, Centro — São Manuel (Casa de Acolhida)
Telefones: (14) 3842-3559 [Casa de Acolhida], (14) 99822-5669 [Anadir] e (14) 99800-2658 [Paulo]
Instagram: @padrepiosm
Facebook: /Comunidade Padre Pio Filhos da Misericórdia
Site: www.comunidadepadrepiosm.com.br
E-mail: contato@comunidadepadrepiosm.com.br
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