Bruna e Vanessa contam como é ser gêmeas
As irmãs respondem as dúvidas mais frequentes de quem se surpreende com a semelhança das univitelinas
“Meus Deus, elas são iguaizinhas!”, essa surpresa já foi ouvida muitas vezes pelas gêmeas idênticas Bruna e Vanessa Giorgi. Criadas em São Manuel, elas dizem que causam estranhamento quando as pessoas as conhecem. “Nós vivemos com a referência de ‘as gêmeas’ e sempre fomos questionadas com perguntas curiosas sobre esse universo. Nunca achamos chato ou ruim isso. As pessoas ficam chateadas quando nos confundem, mas levamos numa boa”, comentam.
De acordo com Setor Integrado de Reprodução Humana da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no Brasil, a ocorrência de uma gestação de gêmeos bivitelinos é de 10 a cada mil casos. Já a gestação de univitelinos (ou idênticos) é de cerca de 3 casos a cada 1000 nascimentos.
Apesar de raridade e muita semelhança, as irmãs tomaram rumos profissionais diferentes. Bruna é jornalista e professora; e Vanessa, biomédica atuando como perita na Polícia Civil. E elas responderam as principais perguntas e curiosidades feitas para gêmeas idênticas.
Vocês sentem a mesma coisa que a outra?
Nós nunca vivenciamos algo que realmente nos colocássemos em perigo. Mas é comum sentirmos meio para baixo quando a outra está triste. Eu (Bruna) tive um pressentimento ruim no dia em que a Nêssa passou por uma situação delicada (roubaram o seu apartamento). Ela morava em Ribeirão Preto e eu, em Bauru.
Como é ser gêmeas?
Na verdade, não sabemos como não é ser gêmeas. Nós amamos, achamos o máximo. Costumamos dizer que é ter uma melhor amiga vivendo em casa, dormindo ao seu lado. Sempre fomos muito unidas e companheiras.
Vocês já enganaram alguém?
Sim, mas nada demais (risos), não conseguimos enganar nem o Vicente (1 ano e 8 meses, filho da Vanessa). Quando jogávamos Handbol, trocávamos a tiara do cabelo (as cores eram diferentes) para confundir o outro time. E também fizemos um exame trocado, ou seja, a Bruna fez a prova em nome da Vanessa, e vice-versa.
Vocês se dão bem?
Muito! Somos muito parceiras! Nos consideramos as melhores amigas e estamos sempre juntas. Apesar de termos vidas bem diferentes (a Vanessa tem o Vicente de um ano e oito meses), quando nos juntamos sem preocupações, revivemos as diversões da adolescência. E isso é desde criança. Lógico que, na adolescência, ocorriam brigas comuns de irmãos, mas duravam dois minutos.
Vocês são parecidas mesmo?
Esta pergunta é um clássico! Costumamos dizer que “somos parecidas em tudo, não iguais”. Se nos posicionarmos uma ao lado da outra é fácil perceber as diferenças. E também já usamos visuais diferentes. Eu (Vanessa) já fui loira, a Bruna sempre morena.
Por que o nome de vocês não começa com a mesma letra?
Minha mãe fala que, quando nascemos, foi um psicólogo do Hospital orientar em como lidar com a individualidade de gêmeos. E diferenciar o nome é um dos quesitos.
Vocês se vestiam iguais?
Iguaizinhas não. Quando pequenas era comum vestirmos a roupa igual, mas de cor diferente. No entanto, quando crescemos, várias vezes, escolhemos a mesma roupa ou mesmo sapato sem saber. Hoje, nos consideramos com estilos parecidos, mas diferentes.
Quem é mais_______?
Acho que essa pergunta é a única inconveniente. Lógico que sabemos que sempre vai rolar comparações, seja na questão física ou comportamental. Mas nos vemos e agimos como dois seres diferentes, compartilhando a mesma data de aniversário e o mesmo bolo.
Galeria de Fotos:
Fotografias: Malu Ornelas
Make: Pia Ornelas